terça-feira, 30 de abril de 2013

QUAL A IDEIA QUE OS ITALIANOS TEM DO BRASIL?


A imagem do Brasil na Itália

Se eu dissesse a um amigo que eu estou indo a uma viagem ao Brasil, eles iriam me dar uma tapinha nas costas com um pensamento e um sorriso maroto - dentro de si - que a minha viagem será marcada por fáceis aventuras amorosas.
Um pouco de "como ir a Cuba ou Santo Domingo”, onde o desembarque charter da Itália e outros países europeus estão cheios de solteiros que têm o único objetivo de passar as férias na companhia de garota complacentes disponível.
Uma pequena pesquisa realizada recentemente na Itália através da Internet a partir de nosso projeto em uma amostra de 150 pessoas entre 25 e 60 anos, pertencentes a diferentes classes socioeconômicas e com um diploma de ensino médio / superior, destacou que o Brasil, apesar de ser um país muito popular (todos os entrevistados foram capazes de localizar exatamente geograficamente), ainda é uma nação em alguns aspectos desconhecidos e com uma "reputação" muito baixa.
Os dados que merecem ser tidas em consideração são as seguintes:
  • Brasil é muitas vezes confundido com outros países latino-americanos. Na crença das pessoas pesquisadas, o Brasil sofre dos mesmos males dos outros países da América do Sul (principalmente Argentina e Venezuela) e, em particular, a instabilidade econômica, desvalorização da moeda, de grande instabilidade política, corrupção e altas taxas de criminalidade.
  • Para a pergunta "você pode me dizer o nome de pelo menos cinco cidades brasileiras", a maioria dos entrevistados parou em três (Rio de Janeiro, em primeiro lugar, São Paulo em segundo e a Bahia em terceiro, confundindo o Estado com o capital da Bahia Salvador). Ninguém mencionou Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
  • À pergunta "quais são as três primeiras coisas que vêm à mente quando se menciona o Brasil?" 90% das pessoas colocaram em primeiro lugar o Carnaval do Rio, as outras respostas foram de futebol, sol, samba, papagaios, Rio de Janeiro, café e favelas.
  • Entre as celebridades no campo da cultura, arte, política, esportes e show business teve a grande maioria das preferências apenas nomes de jogadores de futebol (Pelé, Ronaldo, Sócrates, Zico, Falcão) e alguém mencionou Senna e Barrichello. Ninguém mencionou Oscar Niemeyer, Jorge Amado, Antônio Carlos Jobim ...
  • à pergunta "programaria um feriado no Brasil com sua família ou com o seu parceiro?” 75% dos homens disseram que iram no Brasil de bom grado, mas sozinho e 85% das mulheres acreditam que o Brasil é um País muito inseguro para uma viagem com seus filhos.
  • Apenas 4% dos entrevistados sabiam o nome do novo presidente do Brasil, e apenas um em cada 150 pessoas tem conhecimento do programa "Fome Zero"
  • 60% estão cientes de que no Brasil (entendida, no entanto, como a América Latina), há imigrantes de origem italiana, mas apenas 2,8% foram capazes de chegar perto do número real dos descendentes de origem italiana no território nacional. 78% disseram que no Brasil haveria de 1 a 2 milhões de pessoas de origem italiana.
A "media" dos italianos não ajuda a elevar a imagem do País/Continente brasileiro. Pouco antes e após o fim do governo Lula, Jornais, revista e as principais redes de televisão italianas descreveram um Brasil no limiar do colapso econômico/financeiro e social.

A mais popular revista semanal italiana "Panorama" (que tem um público alvo com cultura media/alta) fez uma matéria de seis páginas intitulado "Campeões do Mundo... em falência”. E o tom dos artigos de jornal não era muito diferente.

Ao mesmo tempo, uma hora de duração especial de televisão na RAI 3 (o canal "cultural" da televisão estatal) falou com exclusividade das favelas, gangues de assassinos que matam pessoas sem motivo na rua, ao tráfico de drogas. Um quadro preocupante da pobreza, degradação e crime.

Duas semanas após, no segundo polo de televisão italiana (Mediaset), foi ao ar um documentário sobre as crianças que vivem nas ruas e se prostituem com turistas europeus e japoneses nas praias do Norte. Mais uma vez o Brasil está em “via de mão única" em primeiro lugar com as favelas, a pobreza, a fome.

Recentemente, outro programa dedicado aos países pobres e em desenvolvimento (na mesma série foram propostos documentários nos países africanos e na América Central e do Sul) tratou do tema "campezinhos".
Assim, no coletivo que ajuda a criar os preconceitos e estereótipos, o Brasil é um país grande, habitado em sua maioria por pessoas de pele escura que não funciona, um país onde é muito quente durante todo o ano, onde muito poucas pessoas - talvez nobres descendentes dos conquistadores portugueses - detém imensa riqueza e propriedades de terra, fazendo com que viva na pobreza e na ignorância a maioria da população.

Mais do que um país em pleno desenvolvimento, o Brasil é considerado quase um país de terceiro mundo, onde não há tecnologia, onde as crianças não vão à escola e passam o dia todo nas ruas, um país onde as universidades são raras e frequentadas apenas pelos mais ricos.

Os dados são muito graves, a nosso ver, é que quando se trata de Brasil, sempre prevalece à imagem mais negativa da maioria das pessoas neste país. Isto é, se por um lado fala-se só da fome, da pobreza, do crime, das drogas e da criminalidade, por outro lado nós falamos apenas sobre o Carnaval com festas incríveis que duram por dias, sem interrupção. Esta é a imagem do Brasil na Itália hoje.
E tudo isso não prejudica apenas o turismo, mas também, acima de tudo, as relações comerciais, o comércio, os investimentos de empresas italianas no território brasileiro, o deslocamento de empresa e principalmente, a confiança.
Quando fazemos estas considerações, os pensamentos se voltam também para a Itália, que viveu durante muito tempo uma situação similar. Pizza, bandolim, spaghetti, tarantella e a máfia são os epítetos que identificaram italianos em grande parte do mundo, até alguns anos atrás. Também neste caso, foram preconceitos antigos, difíceis de superar. Os norte-americanos nos chamam de “macarrão” num sentido depreciativo.
Hoje, felizmente, a situação mudou muito e Itália goza de outra imagem internacional, que está ligado à cultura do bom comer e beber, a beleza arquitetônica, a história de mil anos, a cultura, as grandes marcas de moda, aos carros Ferrari... Mas levou um longo tempo...
° ° ° ° °
Claro, o Brasil tem sérios problemas a serem superados. No entanto, o presidente Lula tem demonstrado tê-los bem claro, foi demonstrado que não quer esconder do mundo e, portanto, tem implementado vários projetos para tentar mudar as coisas.
Mas o Brasil não tem apenas problemas. O Brasil também tem outro lado que é absolutamente desconhecido, pelo menos na Itália, porque é como se o lado positivo tivesse sido ofuscado pela negativa que certamente torna mais incursões entre o público.
Alguns exemplos? O grande sucesso que tiveram no mundo das canções de Antônio Carlos Jobim e que foram interpretados pelos maiores artistas (desde Frank Sinatra a Ella Fitzgerald), não são identificados imediatamente com o Brasil. Jobim é um branco e sua música bossa nova é extremamente refinado e elegante. Ele não pode ser um produto brasileiro! Assim como podem ser formas tão elegantes e sofisticados de Oscar Niemeyer ou os romances de sucesso de Paulo Coelho.
No entanto, eles são apenas três exemplos de outro Brasil, a parte que não é conhecido e é necessário para descobrir.
O que você realmente faz, a fim de definir uma nova imagem, diferente e positiva deste grande país?
Nós pensamos que precisamos de uma enorme operação de marketing por parte das autoridades brasileiras, que também têm suas responsabilidades, se até agora continua consolidada, na opinião pública, como negativa.
E acreditamos que o papel mais importante nisso, é dos italianos naturalizados brasileiros e dos brasileiros de origem italiana, que muito ajudaram a fazer grande o seu país de adoção e que agora ocupam papéis de destaque no mundo dos negócios, na política, nos esportes e na cultura.
Isto não é para subestimar o valor e a importância dos outros grupos étnicos, mas é um fato que os brasileiros de origem italiana tiveram e têm um papel muito importante no desenvolvimento do Brasil. Não é por acaso, que até seis ministros do Governo Lula, tem sobrenomes italianos.
Vamos para a "média" de como muitos italianos são, onde vivem, o que fazem ... Entendemos que os brasileiros o de origem italiana, é no mundo, a maior comunidade, mas mais especialmente a relacionada com a terra de origem. Contaremos histórias de sucesso e haverá um sucesso imediato na opinião pública italiana.
Há uma família no norte da Itália, que tem em sua história passada na emigração...
Criando esta identidade e este forte impacto emocional será mais fácil de passar, pelo menos na Itália, a imagem positiva do Brasil e finalmente derrotar preconceitos e estereótipos.

Autor: Paolo Meneghini

Fonte: Pomobrasil




domingo, 21 de abril de 2013

ESTARIA O NOSSO GOVERNO SEGUINDO UMA CARTILHA?


Com a facilidade na acessibilidade de informações proporcionada pela web, encontramos de tudo que se possa imaginar, mas nem sempre é bom dar crédito a uma informação, sem antes procurarmos várias fontes para confrontá-las e analisarmos de acordo com a nossa lógica e nossos conhecimentos.
Está circulando na web um possível “Decálogo de Lenin”, que teria, supostamente, sido escrito pelo Revolucionário comunista Vladimir Lênin, em 1913, com a finalidade estratégica de tomada de poder, mas apesar de exaustiva pesquisa para confirmar a sua autenticidade, não consegui verificar a veracidade dele e nem a data da sua origem. Encontrei informações que dizem que “alguns historiadores” acreditam que ele foi escrito em 1901 e que alguns “historiadores” acreditam que não foi escrito por Lênin.
A comprovação de que ele teria sido escrito por Lênin, teria uma importância maior para os nossos questionamentos, mas a importância principal é a data em que ele teria sido elaborado. Dentro das minhas pesquisas, encontrei em uma contestação, que esse decálogo já era conhecido desde 1970, portanto tomaremos por base, que independente da data correta, ele já existia em 70.
Citarei cada “mandamento” e correlacionarei com a semelhança do que está acontecendo em nosso país na atualidade.
1. "Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual."
Aqui não é difícil ver que, seguindo cartilha ou não, é exatamente o que muitos integrantes do governo estão promovendo.  Tiraram a autoridade dos pais na educação dos filhos e colocaram a responsabilidade dos atos dos filhos menores nos pais, fazendo com que o filho perdesse todo o respeito por aqueles que deveriam ser referencia para os mesmos.
Os professores não podem mais reprovarem os alunos pelo baixo aproveitamento no ano letivo e nem repreendê-los pelos seus comportamentos inadequados na sala de aula, tornando os professores reféns de seus alunos.
Os policiais que deveriam zelar pela ordem da sociedade, se viram impedidos de coibirem crimes praticados por menores de 18 anos, por conta do Estatuto do Menor e o Adolescente, Lei essa que ao invés de proteger o menor e o adolescente, apenas deu liberdade para que eles cometessem os crimes mais absurdos.
Quanto à liberdade sexual, essa dispensa qualquer argumento para validá-la, basta que se olhe o que a censura liberou em termos de filmes e programas de TV aberta, sem falar no famoso “Kit Gay” que o MEC, junto com a comissão de Direitos Humanos e o grupos LGBT queriam disponibilizar para crianças do Ensino Fundamental.
2. "Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa."
 As grandes emissoras de TV e os maiores jornais que atingem a maior parte da população, são de propriedades ou controlados por apenas algumas famílias e sendo a mídia a maior formadora de opinião, proporciona o interesse e a facilidade do governo em negociar financeiramente o apoio da mesma, enquanto procura meios de controlar a internet por meio de Leis. Isso já é uma realidade.
3. "Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais."
Sendo uma ação do governo ou não, a realidade é que de uns quinze anos pra cá, criou-se um número assustador de grupos das mais diferentes classes exigindo privilégios ao invés de igualdade, tendo o respaldo de integrantes do governo, que se dividem e apoiam grupos diferentes. Os motivos são os mais variados possíveis, mas a consequência é uma só, cria-se uma rivalidade entre os grupos desestabilizando a sociedade que deveria ser uma unidade de acordo com a Constituição, ficando assim, negros contra brancos; homossexuais contra heterossexuais, ateus contra religiosos, índios contra os que não são índios, pobres contra ricos, sulistas contra nordestinos e no final fazem uma misturada tão grande, que fica impossível definir a que grupo o indivíduo pertence.
4. "Destrua a confiança do povo em seus líderes."
Nesse ponto, o que vemos é uma forte campanha da mídia e grupos ligados ao governo, em desacreditar todos aqueles, líderes políticos ou não, que se oponha ao cronograma governamental. Também é possível verificar a batalha ferrenha do governo atual, em estigmatizar o governo do regime militar, governo esse que combateu exatamente os mesmo integrantes que estão hoje no poder.
5. "Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade assuma o Poder sem nenhum escrúpulo."
O maior exemplo nesse caso foi na questão do Referendo Popular de 2005. Primeiro aprovaram uma Lei que impossibilitava o cidadão de adquirir uma arma, depois convocaram a população para decidirem, por meio de votação direta, se o comercio legal de armas deveria ser proibido ou não.
Essa convocação se deu pelo fato do governo ter plena certeza que, devido à maciça propaganda feita pela mídia a favor do desarmamento, a população votaria em peso pela proibição, já que pesquisas indicavam uma aprovação popular em mais de 80%. Mas começando as propagandas de conscientização da população, apesar de todo o peso da mídia e influência das suas celebridades, um pequeno grupo se organizou e começou a conscientizar a população, com fatos e dados, sobre o perigo que era o desarmamento do cidadão ordeiro, obtendo um resultado extraordinário e acabando com a esperança do governo em ter o respaldo da sociedade para desarmar os cidadãos.
Ao abrirem as urnas, uma surpresa, 64% dos eleitores disseram NÃO ao desarmamento. A partir desse momento, o governo tinha por obrigação rever todo o Estatuto do Desarmamento, dando plena condição do cidadão ter a sua arma, mas ao invés disso, o que se viu foi o governo aumentar cada vez mais a dificuldade do cidadão ter acesso a esse direito, enquanto intensificava cada vez mais as campanhas de desarmamento.
6. "Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação."
A farra com o dinheiro público não tem tamanho: Aviões da presidência, salários e benefícios exorbitantes dos integrantes da Presidência, do senado, da Câmara Federal, Estadual e Municipal, do Governo estadual e Municipal, obras superfaturadas que não funciona, PAC, preparação para a Copa do Mundo e etc. etc. etc. Mas dinheiro gasto com infraestrutura é o que menos se vê.
Só o que já foi citado e acrescentando a corrupção e a falta de garantias para se investir, já é mais do que suficiente para que investidores, tanto internos como externos, não tenham a menor credibilidade no país.
Quanto ao pânico da inflação, fizeram um pequeno ensaio com a história do tomate.
7. "Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País."
Isso já vinha sendo incentivado desde que o governo civil assumiu novamente em 85, comandado pelo próprio Lula, quando ainda era Presidente Sindical.
8. "Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam."
Foi tirada a autoridade policial para coibir as ações de grupos como os Sem Terras, grupos estudantis, comunidade carcerária e dos adolescentes, enquanto que ao mesmo tempo incentivavam essas ações.
9. "Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista."
Nem é preciso lembrar que os que não foram corrompidos com o esquema do mensalão, ou agraciados com a direção de Ministério e Secretarias, foram obrigados a se renderem com medo de verem a sua imagem ser queimada perante a sociedade.
10. "Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa."
No final de 2009 para o começo de 2010, o governo deu a anistia a todos que tivessem armas ilegais, facilitando o registro da mesma sem a necessidade de exame psicológico, aptidão no manuseio de armas de fogo, declarar efetiva necessidade e pagando apenas uma pequena taxa de R$ 6,50, enquanto que os proprietários de armas com registro federais vencido, mesmo tendo feito o exame psicológico, aptidão no manuseio de armas, declaração de efetiva necessidade e tendo pago uma taxa de R$ 300,00 a apenas três anos atrás, tiveram que pagar R$ 60,00 pela renovação do registro. Qual a lógica nisso?





sábado, 20 de abril de 2013

NAÇÃO INDÍGENA... DESDE QUANDO?

O Brasil nunca pertenceu aos índios Sandra Cavalcanti

Quem quiser se escandalizar, que se escandalize. Quero proclamar, do fundo da alma, que sinto muito orgulho de ser brasileira. Não posso aceitar a tese
de que nada tenho a comemorar nestes quinhentos anos. Não aguento mais a
impostura dessas suspeitíssimas ONGs estrangeiras, dessa ala atrasada da CNBB e dessas derrotadas lideranças nacional-socialistas que estão fazendo surgir no Brasil um inédito sentimento de preconceito racial.

Para começo de conversa, o mundo, naquela manhã de 22 de abril de 1500, era completamente outro. Quando a poderosa esquadra do almirante português ancorou naquele imenso território, encontrou silvícolas em plena idade da pedra lascada. Nenhum deles tinha noção de nação ou país. Não existia o Brasil.

Os atuais compêndios de história do Brasil informam, sem muita base, que a população indígena andava por volta de cinco milhões. No correr dos anos seguintes, segundo os documentos que foram conservados, foram identificadas mais de duzentos e cinqüenta tribos diferentes. Falando mais de 190 línguas diferentes. Não eram dialetos de uma mesma língua. Eram idiomas próprios, que impediam as tribos de se entenderem entre si. Portanto, Cabral não conquistou um país. Cabral não invadiu uma nação. Cabral apenas descobriu um pedaço novo do planeta Terra e, em nome do rei, dele tomou posse.

O vocabulário dos atuais compêndios não usa a palavra tribo. Eles adotam a denominação implantada por dezenas de ONGs que se espalham pela Amazônia, sustentadas misteriosamente por países europeus. Só se fala em nações indígenas.

Existe uma intenção solerte e venenosa por trás disso. Segundo alguns integrantes dessas ONGs, ligados à ONU, essas nações deveriam ter assento nas assembleias mundiais, de forma independente. Dá para entender, não?


É o olho na nossa Amazônia. Se o Brasil aceitar a ideia de que, dentro dele,existem outras nações, lá se foi a nossa unidade.

Nos debates da Constituinte de 88, eles bem que tentaram, de forma ardilosa, fazer a troca das palavras. Mas ninguém estava dormindo de touca e a Carta Magna ficou com a palavra tribo. Nação, só a brasileira.

De repente, os festejos dos 500 anos do Descobrimento viraram um pedido de desculpas aos índios. Viraram um ato de guerra. Viraram a invasão de um país. Viraram a conquista de uma nação. Viraram a perda de uma grande civilização.

De repente, somos todos levados a ficar constrangidos. Coitadinhos dos índios! Que maldade! Que absurdo esse negócio de sair pelos mares, descobrindo novas terras e novas gentes. Pela visão da CNBB, da CUT, do MST, dos nacional-socialistas e das ONGs europeias naquela tarde radiosa de abril teve início uma verdadeira catástrofe.

Um grupo de brancos teve a audácia de atravessar os mares e se instalar por aqui. Teve e audácia de acreditar que irradiava a fé cristã. Teve a audácia de querer ensinar a plantar e a colher. Teve a audácia de ensinar que não se deve fazer churrasco dos seus semelhantes. Teve a audácia de garantir a vida de aleijados e idosos. Teve a audácia de ensinar a cantar e a escrever.Teve a audácia de pregar a paz e a bondade. Teve a audácia de evangelizar.

Mais tarde, vieram os negros. Depois, levas e levas de europeus e orientais. Graças a eles somos hoje uma nação grande, livre, alegre, aberta para o mundo, paraíso da mestiçagem. Ninguém, em nosso país pode sofrer discriminação por motivo de raça ou credo. Portanto, vamos parar com essa paranoia de discriminar em favor dos índios.


Para o Brasil, o índio é tão brasileiro quanto o negro, o mulato, o branco e o amarelo. Nas nossas veias correm todos esses sangues. Não somos uma nação indígena. Somos a nação brasileira.

Não sinto qualquer obrigação de pedir desculpas aos índios, nas festas do Descobrimento. Muitos índios hoje andam de avião, usam óculos, são donos de sesmarias, possuem estações de rádio e TV e até COBRAM pedágio para estradas que passam em suas magníficas reservas. De bigode e celular na mão, eles negociam madeira no exterior. 
Esses índios são cidadãos brasileiros, nem melhores nem piores. Uns são pobres. Outros são ricos. Todos têm, como nós, os mesmos direitos e deveres. Se começarem a querer ter mais direitos do que deveres, isso tem que acabar.
           O Brasil é nosso. Não é dos índios. Nunca foi.

Por Conde Kakflour

quinta-feira, 11 de abril de 2013

QUAL A REAL SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO COM O DESARMAMENTO?


O IPEA (Instituto de Pesquisa Aplicada), órgão ligado ao governo, apresentou, no dia 1º de abril (data muito sugestiva), um estudo sobre o impacto da Lei nº 10.826, de 2003 (Estatuto do Desarmamento), na aquisição de armas pela população que, segundo esse estudo, teria caído 35,1%. O IPEA  utilizou como base a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ela foi apresentada e comemorada no evento "armas e Homicídios", dois anos após o Massacre de Realengo, promovido pelo IPEA em parceria com a ONG Viva Rio.
Mas poderemos dar credibilidade a uma pesquisa sobre aquisição de armas feita pelo IBGE? 
A pesquisa do IBGE foi feita de maneira autodeclaratória, onde o entrevistado diz se adquiriu ou não uma arma, sem precisar comprovar a sua declaração, não tendo com realizar um estudo sério que comprove se o indivíduo adquiriu ou não e de que forma foi essa aquisição. Deveriam terem utilizado os dados da Polícia Federal, lá existe a comprovação de fato, de quantas armas foram adquiridas de forma legal pelos cidadão nesse período, mas não tem como afirmarem quantas armas foram adquiridas de forma ilegal pela população.
Mais uma vez, o governo junto com certas instituições e a mídia, estão querendo enganar a população com dados inverídicos, levando o povo a acreditar que o desarmamento está contribuindo com a redução da violência.
A ONG Viva Rio, uma instituição de caráter duvidoso, que tem parceria com o Governo, apresenta dados manipulados e controversos para manipular a população, como no caso do debate televisivo com o Cel. Paes de Lira, o Sr. Antônio Rangel, declarou que 40% dos homicídios no país, eram praticados por motivos fúteis como briga de trânsito, briga de bar, crimes passionais e brigas de vizinhos, só que ele não esclarece que 93% dos crimes de homicídio, não se sabe quem foi o autor e muito menos o motivo, ele apenas pega os 7% dos crimes que foram esclarecidos pela polícia e faz a estatística baseado nessa pequena parcela, mas mesmo assim esquece de dizer que em cada dez homicídios em que se sabe quem foi o autor e conseqüentemente o motivo, apenas quatro vão a julgamentos.          
A realidade porém é outra. O Estatuto do Desarmamento apenas contribuiu para que o cidadão ordeiro, respeitador da Lei e da ordem, tivesse o seu direito a legítima defesa e os seus bens usurpados, tanto pelo governo, como pelos marginais.
O governo impõe taxa absurdas para que o cidadão possa ter o direito Constitucional de possuir armas de fogo, taxando-o a cada três anos com a renovação do registro da mesma. Nunca em toda a minha vida ouvi falar que registro de propriedade tivesse validade, isso é só uma maneira do governo arrecadar mais dinheiro do contribuinte e desestimular os cidadãos de menor poder aquisitivo a manter uma arma legal em sua residência para sua defesa e dos seus familiares. Por outro lado, os marginais cientes de que não encontrarão resistência, promovem todo tipo de crimes como latrocínio, invasão de residências, sequestros estupros e etc, contra os cidadãos de bem, aumentando de maneira assustadora a criminalidade e deixando a sociedade numa insegurança total.
Estudos sérios realizados por instituições como o Movimento Viva Brasil, presidido pelo Bacharel em Direitos e Especialista em segurança pública Bene Barbosa, apresenta dados e estatísticas reais, mostrando o desastre que é desarmar a população, isso já foi comprovado por vários países que tiveram a infeliz ideia de desarmar o cidadão de bem. Essa atitude só favorece aos indivíduos que querem praticar crimes, como também favorece a governos com intenções duvidosas.
Não vemos a mídia (leia-se Rede Globo) entrevistando o Sr Bene Barbosa com o intuito de esclarecer a população, realizar debates com especialistas em segurança pública como também não a vemos divulgar o Projeto de Lei 3722/2012 do Deputado Rogério Peninha (PMDB SC), que revoga essa imbecilidade de Estatuto do Desarmamento e entra com uma nova lei de controle e regulamentação sobre a posse e o porte de armas, projeto esse que tem a aprovação de 94% da população. Muito pelo contrário, o que mais vemos é essa emissora de televisão instruindo as suas celebridades a passarem para a população que o desarmamento é o melhor caminho para reduzir a violência, enquanto isso, omite da sociedade os malefícios que o desarmamento causa.
Se a população não acordar o mais rápido possível, estaremos sujeitos a ver o Brasil sendo governado por um governo totalitário, onde todas as nossas garantias Constitucionais não terão mais nenhum valor.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

COMO FOI POSSÍVEL A ASCENSÃO DA ESQUERDA SOCIALISTA NA AMÉRICA LATINA?


DUAS PERGUNTAS

A revista acadêmica Intelligencer, do Patrick Henry College, de Purcellville, Virginia, enviou-me esta semana algumas perguntas sobre a situação política na América Latina. As respostas que ofereci a pelo menos duas delas não me parecem desprovidas de interesse para o leitor brasileiro.
 
Pergunta:  Quais foram as causas da mudança da América Latina para o socialismo/comunismo depois de a região ter alcançado algum sucesso no capitalismo?
Resposta: A história da América Latina no último meio século pode se dividir em três etapas. Primeiro vieram as ditaduras militares e a derrota da esquerda armada. Depois, a volta da democracia e uma fase de entusiasmo epidérmico pelo capitalismo liberal, coincidindo com a queda do comunismo no leste europeu. Por fim, a ascensão geral das esquerdas. 
 
É evidente que a terceira etapa foi preparada durante a segunda, quando a opinião pública parecia imaginar que o comunismo estava morto e enterrado para sempre, mas na verdade apenas se fazia de morto para assaltar o coveiro. O que aconteceu foi que, na época, a direita não entendeu de maneira alguma o processo de transformação interna do movimento comunista.
 
Os militares haviam se concentrado no combate à esquerda armada, sem fazer praticamente nada contra o comunismo no campo ideológico e cultural, que, precisamente na época da maior repressão, ia sendo discretamente dominado pelos esquerdistas. Na quase totalidade dos países da América Latina, estes dominavam o aparato cultural e jornalístico,  justamente no instante em que a queda da União Soviética lançava entre eles um estado de confusão ideológica muito propício a uma revisão estratégica profunda, que veio a acontecer com rapidez extraordinária – sem que a direita, então embriagada de ilusão triunfalista, nem sequer o percebesse. 
 
Essa revisão foi composta pelos seguintes itens: (1) a reforma organizacional dos partidos comunistas, que abandonaram a antiga linha vertical de comando para adotar uma organização mais flexível em "redes" e propiciar a articulação estratégica entre todas as facções de esquerda, passando por cima de antigas dissensões ideológicas; (2) uma mudança radical no discurso ideológico, que, em vez da transformação estrutural da economia, passou a enfatizar toda sorte de interesses grupais antagônicos ao sistema, ao qual já não se declarava guerra abertamente, mas se combatia desde mil lados ao mesmo tempo, lançando na sociedade uma confusão dos diabos. 
 
Essas transformações refletem aquilo que Augusto del Noce chamou, um tanto ironicamente, de "suicídio da revolução": dissolvida toda visão clara de um futuro socialista, a luta revolucionária esfarelou-se em mil e uma linhas de combate aparentemente inconexas que, segundo o mesmo del Noce, não faziam avançar a causa socialista ostensivamente, mas iam corroendo todos os valores morais e culturais da sociedade capitalista, que, assim, assumia  feições cada vez mais malignas e odiosas. 
 
As novas gerações de adeptos do capitalismo, já educadas fora dos valores morais e culturais que sustentavam o regime, colaboraram nesse processo, entregando-se a um pragmatismo amoral que transformava o capitalismo precisamente no monstro que os esquerdistas desejariam que ele fosse. Os esquerdistas, por sua vez, aproveitavam-se disso para fomentar a corrupção e ao mesmo tempo denunciá-la, lançando as culpas no capitalismo. 
 
O conjunto tornou-se tão confuso que ninguém, na direita, compreendia o que estava acontecendo. Atônitos e paralisados, os políticos conservadores e liberais (no sentido latino-americano do termo) foram cedendo a um avanço ideológico cujo perfil comunista de conjunto lhes escapava por completo, Foi assim que a facção que no começo dos anos 90 parecia quase extinta veio a se tornar a dominadora quase absoluta do continente.
 
Pergunta: O presidente Hugo Chávez  teve  ampla responsabilidade nessa mudança?
 Resposta: Não, de maneira alguma. Chávez foi apenas o espantalho usado pela esquerda para distrair os observadores norte-americanos, que concentravam nele as suas atenções enquanto empreendimentos de muito maior envergadura, dirigidos desde o Brasil, isto é, desde o foro de São Paulo, iam consolidando a posição das esquerdas no continente. 
 
O governo e a mídia dos Estados Unidos entraram num tal estado de alienação que chegaram a acreditar que havia na América Latina duas esquerdas, uma totalitária e ameaçadora, representada por Hugo Chávez, e outra democrática e até pró-americana, personificada por Lula – mas Lula foi o fundador e, por doze anos, o dirigente máximo do Foro de São Paulo. 
 
Mais realista foi a visão das FARC (Forças Armadas Revolucionárias) da Colômbia, que logo enxergaram na fundação dessa entidade a salvação e o futuro do movimento comunista. Chávez só se tornou membro do Foro quando este já  tinha cinco anos de existência e seus planos estratégicos para o domínio continental estavam em plena execução. 
 
Nunca houve entre Chávez e o Foro, ou entre Chávez e Lula, a  mínima divergência. O próprio Lula, em dois discursos, que chegaram a ser reproduzidos no site oficial da Presidência da República brasileira, reconheceu que o Foro tinha elevado e mantido Hugo  Chávez no poder. Este foi  um instrumento dócil da entidade, encarregado de condensar em si os temores internacionais, acobertando as operações de conjunto do Foro no restante do continente.
 
 
 
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia


fonte: Diário do comércio

terça-feira, 2 de abril de 2013

QUEM SÃO OS CULPADOS PELAS DESGRAÇAS DO BRASIL?


Hoje ao meio dia, assisti num programa policial local, uma reportagem onde mostrava que um moto taxista, mesmo sem reagir, foi assassinado em um assalto com quatro tiros, por um desgraçado que aparentava ter em torno de 17 anos.
O desespero da família ao ver o corpo do seu ente querido caído no asfalto era comovente, fazendo a gente refletir: E se fosse com um ente querido nosso?
Mas quem são os responsáveis por esse latrocínio?
A responsabilidade dessa e de outras mortes que aconteceram de 2003 até hoje, assim como muitas que irão acontecer é de responsabilidade de todos vocês, cidadãos imbecis, que não procuram saber o que significa sociedade.
É de todos vocês, cidadãos alienados, que não procuram raciocinar e que não procuram desenvolver o senso crítico. 
É de todos vocês, cidadãos idiotas, que se deixam levar pelos belos discursos de políticos corruptos, deixando a sua vida e a de todos os brasileiros nas mãos dessa quadrilha e que se deixam encantar pelas sandices de seus ídolos.
É de todos vocês, cidadãos preguiçosos, que nem sequer tem coragem de ler a própria Constituição para saberem quais são os seus direitos e deveres.
É de todos vocês, cidadãos covardes, que não tem coragem de enfrentarem os seus próprios problemas e ficam elegendo "salvadores da pátria", quando os salvadores da pátria são vocês mesmos.
É de todos vocês, cidadãos manipulados, que acreditam em tudo que a mídia divulga, sem procurarem outras fontes, para saberem o que realmente acontece em nosso país.
É de todos vocês, cidadãos cordeirinhos, que vão para o abatedouro sem dar um gemido sequer.
É de todos vocês, cidadãos que vivem no país das maravilhas e que poderão ser os próximos.
É de todos vocês cidadãos cegos, que apoiaram uma lei criada por hipócritas, pregando o desarmamento do cidadão ordeiro, enquanto eles mesmos estavam armados e cercados de seguranças armados.
Esse Senhor, moto taxista, cidadão de bem, pai de família e pagador de imposto, não foi vítima de um marginal armado, ele já era vítima, assim como muitos foram e muitos ainda serão, de uma lei imbecil, que mesmo sendo rejeitada por 64% da população em um referendo, continuou sendo enfiada goela abaixo pelo governo e mídia.   
Quantos cidadãos de bem terão que morrer, para que esse povo alienado enxergue o óbvio e comecem a lutar pelo sagrado direito da legítima defesa do cidadão?
Quando será que vão perceber, que por mais competente que seja o aparato policial, não é possível dar segurança a todos?
Quando vão entender que é responsabilidade de cada indivíduo defender a própria vida e dos seus?
Quantos assaltos, sequestros, arrombamentos a residência, estupros e etc. terão que acontecer para que vocês cidadãos, que vivem num mundo de sonhos, acordem?  
Por que não vejo a mídia em geral, divulgando o Projeto de Lei 3722/2012 do Deputado Rogério Peninha que tem a aprovação de 94% da população? 
Por que não vejo a mídia combatendo o governo em não atender a decisão popular no referendo de 2005?
Qual o objetivo de desarmar o cidadão ordeiro, se esse cidadão já é cumpridor da lei e da ordem? 
Leiam a história e veja o que aconteceu nos países em que o governo desarmou a população e aprendam com a história. Procurem conhecer o que aconteceu na Rússia, China, Alemanha e em muitos outros países, depois que o governo desarmou a população.
CHEGA!
Não tem mais como suportar esse tipo de situação, não dá mais pra ficar esperando providência divina, não tem mais como ficar esperando pela conscientização desses corruptos safados. Vocês cidadãos, são o poder da nação, são vocês quem decidem que tipo nação, deve deixar para os seus filhos, são vocês quem decidem como querem chegar à velhice, portanto acordem! 
Tem uma expressão muito conhecida que diz: Cozinhar sapo em água fria. Essa expressão vem do fato que, se jogar um sapo em um recipiente com água quente, ele pula imediatamente pra fora dela, mas se colocar um sapo dentro de um recipiente com água fria e for esquentando ela lentamente, o sapo não percebe que a água está esquentando e permanece nela até ser cozido. É exatamente o que o governo, a mídia e algumas ONGs vêm fazendo com a sociedade brasileira. Já estamos num situação que se não pularmos pra fora urgentemente, chegaremos em breve numa situação que mesmo querendo, não teremos mais como sair e todas as nossas forças, já não mais será suficiente. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

COMO DEFENDEMOS AS NOSSAS IDÉIAS?



Escrito por Magno Oliveira. Em 12 / 02 / 2011
           

            Somos máquinas biológicas dotadas de um computador central, ao qual chamamos de cérebro ou mente humana.
             Esse computador recebe dados dos cinco sentidos (visão, audição, olfato, gustação e tato), que podemos chamar de sensores biológicos.
            Desde a gestação, as características do processador (ou personalidade) desse computador, começam a serem formadas devido a fatores como sistema biológico e emocional materno, tipo de nutrição recebida, como também fatores externos. E vai se aperfeiçoando após o nascimento, de acordo com o ambiente em que convive.
            As primeiras informações enviadas pelos sensores são de grande importância na formação da memória (lembranças) desse computador, que depois de analisadas pelo processador, servirão de base para novas informações, fazendo com que o computador ao receber novas informações, selecione o que é bom ou ruim, criando situações de relaxamento, alerta ou defesa, para proteger a si próprio ou toda a máquina biológica.
            Quando uma informação tem pouco, ou nenhum conflito, com o que já é de conhecimento, cria-se um estado de relaxamento, ou seja, é aceitável e vai para um arquivo, o subconsciente, onde é praticamente esquecido.
            Quando uma informação é bastante conflitante com o que já foi formado como realidade, mas é reconhecida como possível, cria-se um estado de alerta e é enviada para um arquivo de possibilidades, no qual fica a espera de novas informações que possa validá-la ou refutá-la.
            Mas se uma informação é altamente conflitante e reconhecida como improvável, cria-se um estado de defesa, no qual ela é descartada de imediato para não danificar o processador, até que novas informações tidas como prováveis, venham futuramente elevar essa informação para o nível de provável. Dependendo do impacto dessa informação, ele pode travar (desmaio), sendo necessário reiniciar.
            As nossas ideias sobre a realidade vão sendo formadas com o que aceitamos como verdades ou possíveis verdades ao longo da vida, nossa mente pré-determina o que podemos aceitar ou não de acordo com a nossa personalidade, isso determina o nosso tipo de crença, sendo impossível que alguém, ou alguma instituição, consiga modificar o raciocínio de um indivíduo, sem que a mente dele não aceite isso como possível.
            Quando falamos em crença, para a maioria das pessoas, vem logo o conceito religioso. Mas em filosofia, mais especificamente em epistemologia, crença é uma condição psicológica que se define pela sensação de veracidade relativa a uma determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva. Logo pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento subjetivo do conhecimento.
            Tomando alguns exemplos, vamos começar citandos os crentes religiosos e como é de praxe citaremos os cristãos.
            Desde que a sua mente determinou que a Bíblia Cristã, é a verdade imutável, ele não vai colocá-la a prova. E quando recebe qualquer informação que seja altamente conflitante com o que é dito na Bíblia, ele simplesmente cria um estado de defesa, dizendo que é impossível, pois a Bíblia não confirma isso. Ele só mudará essa ideia, se uma sequencia de informações prováveis, começarem a fazer com que ele coloque em dúvida o que tinha como realidade.
            No caso do ateu, desde que a sua mente determinou que é impossível a existência de qualquer divindade, ele não aceitará nenhuma informação contrária. Só mudará de ideia se tiver alguma experiência pessoal, seja por fatores externo, ou a própria mente criando algum tipo de alucinação, fazendo com que não tenha mais tanta convicção no que acreditava.
            A mente do crente no método científico adota toda publicação em periódicos científicos como verdadeira, pois para ela, se um corpo de cientistas já atestou que é verídico, não é possível uma contestação. Só mudará de ideia se uma informação científica conflitar com alguma de suas lógicas pré-determinadas.
             Às vezes, alguns indivíduos passam por todos esses três estágios, chegando ao que chamaríamos de cético filosófico. Nesse estágio a sua mente condiciona que não é possível conhecer a verdade. Não se contenta com a informação fornecida atualmente pelos meios públicos. Busca sua realidade cruzando as informações obtidas no decorrer da sua existência, processando-as com a sua lógica e o seu próprio raciocínio.
                Esse indivíduo estará em permanente busca pela verdade, sempre buscando informação das mais variadas fontes. Sua mente sempre estará inquieta processando informações, até que um dia consiga chegar à condição de iluminada, elevando-o a condição de gênio, ou entrar em pane transformando-o num louco.
            Nenhum ser humano pode se orgulhar de ser totalmente imparcial no que diz respeito à análise de uma informação. Tendo a sua mente uma ideia pré-determinada, ele fará sua análise baseada no que, para ele, é tido como realidade.