Escrito por
Magno Oliveira. Em 12 / 02 / 2011
Somos máquinas biológicas dotadas de
um computador central, ao qual chamamos de cérebro ou mente humana.
Esse computador recebe dados dos cinco
sentidos (visão, audição, olfato, gustação e tato), que podemos chamar de
sensores biológicos.
Desde a gestação, as características
do processador (ou personalidade) desse computador, começam a serem formadas
devido a fatores como sistema biológico e emocional materno, tipo de nutrição
recebida, como também fatores externos. E vai se aperfeiçoando após o nascimento,
de acordo com o ambiente em que convive.
As primeiras informações enviadas
pelos sensores são de grande importância na formação da memória (lembranças)
desse computador, que depois de analisadas pelo processador, servirão de base
para novas informações, fazendo com que o computador ao receber novas
informações, selecione o que é bom ou ruim, criando situações de relaxamento,
alerta ou defesa, para proteger a si próprio ou toda a máquina biológica.
Quando uma informação tem pouco, ou
nenhum conflito, com o que já é de conhecimento, cria-se um estado de
relaxamento, ou seja, é aceitável e vai para um arquivo, o subconsciente, onde
é praticamente esquecido.
Quando uma informação é bastante
conflitante com o que já foi formado como realidade, mas é reconhecida como
possível, cria-se um estado de alerta e é enviada para um arquivo de
possibilidades, no qual fica a espera de novas informações que possa validá-la
ou refutá-la.
Mas se uma informação é altamente
conflitante e reconhecida como improvável, cria-se um estado de defesa, no qual
ela é descartada de imediato para não danificar o processador, até que novas
informações tidas como prováveis, venham futuramente elevar essa informação
para o nível de provável. Dependendo do impacto dessa informação, ele pode
travar (desmaio), sendo necessário reiniciar.
As nossas ideias sobre a realidade
vão sendo formadas com o que aceitamos como verdades ou possíveis verdades ao
longo da vida, nossa mente pré-determina o que podemos aceitar ou não de acordo
com a nossa personalidade, isso determina o nosso tipo de crença, sendo impossível
que alguém, ou alguma instituição, consiga modificar o raciocínio de um
indivíduo, sem que a mente dele não aceite isso como possível.
Quando falamos em crença, para a
maioria das pessoas, vem logo o conceito religioso. Mas em filosofia, mais especificamente
em epistemologia, crença é uma
condição psicológica que se define pela sensação de veracidade relativa a uma
determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação
objetiva. Logo pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento
subjetivo do conhecimento.
Tomando
alguns exemplos, vamos começar citandos os crentes religiosos e como é de praxe
citaremos os cristãos.
Desde que a
sua mente determinou que a Bíblia Cristã, é a verdade imutável, ele não vai
colocá-la a prova. E quando recebe qualquer informação que seja altamente
conflitante com o que é dito na Bíblia, ele simplesmente cria um estado de
defesa, dizendo que é impossível, pois a Bíblia não confirma isso. Ele só
mudará essa ideia, se uma sequencia de informações prováveis, começarem a fazer
com que ele coloque em dúvida o que tinha como realidade.
No caso do
ateu, desde que a sua mente determinou que é impossível a existência de
qualquer divindade, ele não aceitará nenhuma informação contrária. Só mudará de
ideia se tiver alguma experiência pessoal, seja por fatores externo, ou a
própria mente criando algum tipo de alucinação, fazendo com que não tenha mais
tanta convicção no que acreditava.
A mente do
crente no método científico adota toda publicação em periódicos científicos
como verdadeira, pois para ela, se um corpo de cientistas já atestou que é
verídico, não é possível uma contestação. Só mudará de ideia se uma informação
científica conflitar com alguma de suas lógicas pré-determinadas.
Às vezes, alguns indivíduos passam por todos
esses três estágios, chegando ao que chamaríamos de cético filosófico. Nesse
estágio a sua mente condiciona que não é possível conhecer a verdade.
Não se contenta com a informação fornecida atualmente pelos meios públicos.
Busca sua realidade cruzando as informações obtidas no decorrer da sua
existência, processando-as com a sua lógica e o seu próprio raciocínio.
Esse
indivíduo estará em permanente busca pela verdade, sempre buscando informação
das mais variadas fontes. Sua mente sempre estará inquieta processando
informações, até que um dia consiga chegar à condição de iluminada, elevando-o
a condição de gênio, ou entrar em pane transformando-o num louco.
Nenhum ser
humano pode se orgulhar de ser totalmente imparcial no que diz respeito à
análise de uma informação. Tendo a sua mente uma ideia pré-determinada, ele
fará sua análise baseada no que, para ele, é tido como realidade.

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