sexta-feira, 15 de março de 2013

COMO PODEREMOS CHEGAR A UM CONSENSO ARQUEOLÓGICO?


Os arqueólogos tradicionais levam anos analisando evidências arqueológicas como, cerâmicas, pinturas, escritas, construções, ferramentas e etc. comparam-nas com alguns parâmetros pré-determinados e com base neles, definem como poderia ser o cotidiano daquela civilização.
Se tomarmos por base os parâmetros utilizados, podemos dizer que usam de total seriedade para levantar uma teoria sobre como essa ou aquela civilização se comportavam em sociedade, como conseguiam realizar enormes feitos, qual a sua tecnologia, como também a sua idade.
Mas nem sempre as explicações de algumas evidências dentro desses parâmetros são satisfatórias e muitas delas caem em contradição com a idéia que formamos a respeito da pré-história e história antiga, como também com o método matemático-científico.         
Vamos analisar algumas teorias dadas pela arqueologia tradicional, que, apesar de explicarem algumas evidências, ainda continuam com várias indagações:
Como é de praxe, começaremos pelo Egito.
1ª – A teoria que explica as construções das pirâmides, sem encontrar contradições logísticas, é a geopolimerização, ou seja, os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico, que é facilmente agregado no local usando-se compostos muito comuns na época, como areia salitre e cal. Os blocos eram feitos com essa massa transportada em cestos e posta a secar em moldes de madeira. Assim, o esforço humano seria muito menor e os assentamentos dos blocos seriam perfeitos.
Mas, nesse caso surge uma indagação: Se eles tinham o conhecimento da geopolimerização, por que se especializaram na extração e transporte de enormes blocos de pedra?
Como prova de que as pedras eram extraídas e não “fabricadas”, temos os obeliscos de granito e mármore, que chegavam a pesar mais de 300 toneladas. Foi encontrada uma pedreira abandonada em Assuã (Aswan), com o famoso obelisco inacabado, que se tivesse sido concluído, pesaria em torno de 1.170 toneladas.
2ª – A teoria que explica a maneira de cortar as pedras de granito consiste no emprego de cunhas de madeiras, ferramentas de cobre e outras pedras mais duras. Para polir, era utilizado o modo de fricção com uma pedra mais dura, adicionando areia.
Essa teoria não leva em conta a dureza do granito, como também o tremendo esforço desprendido, utilizando esse método, para cortar e polir com perfeição, uma única pedra de aproximadamente 80 toneladas que se encontra no interior da pirâmide de Queops.
3ª – A teoria que explica a maneira de transportar as pedras, diz que os egípcios utilizavam barcos para levá-las através do Nilo e em terra, utilizavam uma espécie de trenó, no qual era colocada a pedra em cima e para que fosse possível arrastá-lo, molhavam uma espécie de barro. O que valia mesmo era o esforço coletivo.
A única pedreira onde eram retirados os blocos de granito é a já citada de Assuã. Localiza-se a uma distância de aproximadamente 940 km de Gizé, do lado oposto e acima no Rio Nilo, aumentando o mistério de como foram transportadas, pois além de terem que levantar pesos extremamente grandes, teriam que colocar em uma embarcação que suportasse tal peso. Mas o maior desafio seria colocar essa pedra a bordo, sem que a embarcação não inclinasse a ponto de naufragar, já que supostamente eles não tinham guindastes. Segundo os arqueólogos, uma pedra de 80 toneladas foi embarcada e transportada de Assuã até Gizé por via fluvial.
80 toneladas é um peso equivalente a 80 carros populares. Mas na mesma pedreira existe o obelisco inacabado que chegaria a 1.170 toneladas (14,6 vezes mais pesado, ou seja, equivalente a 1.170 carros populares que seriam erguidos de uma só vez), que provavelmente seria transportado por via térrea ou fluvial, mas em todo o caso teria que ser erguido.
4ª – Uma teoria que explica o empilhamento das pedras, diz que foram construídas rampas de areia, com inclinação não muito íngreme, para que as pedras fossem arrastadas até o local definitivo. Não existe uma definição sobre a localização dessas rampas, se elas eram externas ou internas.
Apesar de terem encontrado vestígios dessas rampas em outras pirâmides menores, se tivessem que construir essas rampas na pirâmide de Quéops, teriam quase que o mesmo trabalho para construí-las, quanto para construir a pirâmide.
5ª – A teoria sobre o tempo que foi necessário para a construção da grande pirâmide, estima que ela foi construída em 30 anos (esse tempo varia de 20 a 50 anos), para que o regime dos Faraós funcionasse.
Há um consenso entre os arqueólogos, que a grande pirâmide foi construída com uma quantidade aproximada de 2.300.000 blocos de pedras, pesando em média 2.500 quilos cada e que 100.000 trabalhadores formavam o quadro de operários, mas apenas 10.000 trabalhadores trabalhavam em tempo integral, os outros 90.000, trabalhavam apenas nos quatros meses em que o rio Nilo estava em época de cheia.
Independente da quantidade de trabalhadores existentes, se calcularmos o tempo necessário para a colocação de cada bloco, levando em conta que eles trabalhavam 365 dias por ano e 10 horas por dia, cada bloco teria que ser colocado na pirâmide em menos de 3 minutos, ou seja, era preciso uma produção em série para que cortassem, lapidassem, transportassem o no final um bloco fosse assentado nessa média de tempo para que a pirâmide ficasse pronta em trinta anos. Sem falar da espantosa precisão de ¹/4 de polegada no alinhamento do cume com a base.       
6ª – A teoria que explica a finalidade da pirâmide de Quéops, diz que ela foi construída para servir de tumba para os Faraós. Foi construída para durar para sempre, protegendo o cadáver, pois acreditavam que enquanto o corpo do Faraó existisse, ele ainda viveria.
Na pirâmide de Quéops, não foi encontrada nenhuma Múmia, nenhum tesouro e nenhum hieróglifo que confirmasse essa teoria. A única marca existente em toda a pirâmide encontra-se na área de tensão estrutural, acima da câmara do “Rei”. A pirâmide foi associada ao Faraó porque há uma marca de um trabalhador que está identificada com Quéops. Há outra teoria que diz que a grande pirâmide já existia a milênios antes dos Egípcios e que os Faraós apenas copiaram, construído outras menores, que teriam sidas usadas como tumbas.    
As teorias que foram criadas para explicar essas construções implicam em um esforço tremendo e necessita de um tempo enorme para a sua realização, mas quando observa-se a quantidade e os locais em que elas estão espalhadas ao redor do mundo, ver-se que esse método não é viável. Essas obras eram de fácil realização para os construtores. 
As construções megalíticas não são exclusividade dos egípcios. Para que uma teoria explique a construção das pirâmides, ela terá que ser abrangente a todos os monumentos espalhados pelo mundo em diversas culturas, visto que todas elas valeram-se dos mesmos métodos de construção. Não é possível elaborar teorias para as construções de maneira isoladas, impondo a autoria dessas obras ao povo que ali habitavam se teoricamente não havia uma comunicação global entre eles.
É preciso observar alguns detalhes como ângulos, precisão de corte (e até marcas de erros no emprego da ferramenta), furos, perfeição do polimento, tamanho e peso das pedras e principalmente a quantidade e localização dos megalíticos, para que se possa aventar uma teoria que englobem todos eles.
A arqueologia precisa mudar a maneira de analisar os vestígios de civilizações. Não é possível encaixar alguns artefatos com a idéia pré-concebida que temos sobre a tecnologia e crenças dos povos da Pré-história e história antiga. Todo achado sempre está ligado a religião; como vemos na teoria que levantaram sobre o sítio arqueológico de Gobekli Tepe.
Gobekli Tepe é uma prova de que é preciso refazer o nosso conhecimento sobre a nossa história. Não é mais possível querer dar a autoria de obras que requer um planejamento, um conhecimento científico e alguma tecnologia, a um povo que supostamente não tinha nenhum conhecimento científico, matemático e de escrita. Não tinham ferramentas apropriadas, levando-os a um esforço sobre-humano para realizar obras que tinham apenas valor religioso. Essas obras teriam que ser razoavelmente simples para eles e deveriam ter uma finalidade para o progresso social.
Outro problema é a datação desses monumentos, estão sempre ligando-os aos habitantes conhecidos dos locais onde são encontrados. Nenhuma construção poderia ter sido construída anterior aos sumérios, sendo a Suméria a primeira civilização, era impossível que houvesse construções anteriores a ela, até descobrirem Gobekli Tepe, que supostamente tem o dobro da idade.
Mais uma vez estão cometendo o mesmo erro, querem impor aos caçadores a autoria da construção de Gobekli Tepe e como não foi encontrado vestígios de habitação, chegaram à conclusão que era para peregrinação com fins religiosa. A mesma coisa fizeram com os povos Aimaras, nazca, incas, maias, astecas, tribos amazônicas e etc, do outro lado do Atlântico.
E se essas construções não foram feitas pelos povos conhecidos que ali habitavam?
Existe uma teoria, que não é aceita pela comunidade científica, que diz que esses povos não construíram esses monumentos, apenas os encontraram e fizeram uso deles. Esses monumentos teriam sidos construídos por civilizações desconhecidas, que tinham uma comunicação global entre elas e desapareceram a dezenas ou centenas de milhares de anos. (Tem uma teoria que levanta a idade das pirâmides para 740.000 anos).
Essa teoria é especulativa (como a maioria das teorias aceitas pela comunidade científica), mas merecia um pouco mais de atenção, já que tem uma explicação plausível para que os métodos de construção sejam tão parecidos, como também explicaria uma tecnologia desconhecida para os cortes, polimentos furos, esculturas e transporte de pedras como granito, mármores e diorito.   
Além das construções, temos também as estátuas e obeliscos, de tamanho e peso descomunal, feitos dos mais variados tipos de pedras, o que nos mostra que o corte e manuseio de pedras não eram tão complicados assim. Quando são analisados os Moais da Ilha de Páscoa e observa-se uma estátua com 10 metros de altura, pesando aproximadamente 90 toneladas, transportada a distância de alguns km, ver-se que o emprego de esforço coletivo não pode ser aplicado ali, já que a sua maior população, não passou de 4.500 habitantes, incluindo mulheres, idosos e crianças. (Existe uma inacabada com aproximadamente 20 metros, que deveria ter o dobro ou mais do peso da maior estátua já concluída.)
A arqueologia só começará a avançar, quando os arqueólogos encararem o que é óbvio. O método de corte, polimento, furos, ranhuras, escultura e transporte de pedras, não pode ser explicado com a tecnologia arcaica disponível ao povo da época.
Terá que levar em consideração os antigos escritos deixados por essas civilizações, contando como aconteceram, mesmo que esses escritos tenham um tom religioso. Terá que descobrir quem seria os “deuses” que lhes ensinaram a arte de construir, escrever, plantar, medicar, como também a astronomia. Só assim, talvez consiga responder as seguintes perguntas:
-  Como fizeram cortes e furos tão precisos em pedras extremamente duras?
- Como conseguiram superfícies tão planas e lisas em pedras extremamente duras, lembrando os trabalhos em mármores feitos hoje somente com máquinas apropriadas?  
-  Como obtiveram o conhecimento dos mesmos métodos de construção?
-  Como foi possível erguer blocos de pedras com até 1.000 toneladas?
- Quem eram os “deuses” que lhes ensinaram tecnologia, astronomia, modelo social e etc, descritos em todas as civilizações?
- Por que todo esse conhecimento se perdeu, deixando pra trás obras inacabadas?
-  O que tem há ver Mohenjo Daro com as batalhas descritas nos livros dos Vedas?
- Será que as supostas pirâmides da Bósnia, do Brasil, assim também como as construções submersas de Yonaguni e Cuba, são formações artificiais?

Enquanto essas perguntas não forem respondidas de maneira satisfatória, vamos ficar andando em círculos e não avançaremos nunca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário