Os arqueólogos
tradicionais levam anos analisando evidências arqueológicas como, cerâmicas,
pinturas, escritas, construções, ferramentas e etc. comparam-nas com alguns
parâmetros pré-determinados e com base neles, definem como poderia ser o
cotidiano daquela civilização.
Se tomarmos por base os
parâmetros utilizados, podemos dizer que usam de total seriedade para levantar
uma teoria sobre como essa ou aquela civilização se comportavam em sociedade,
como conseguiam realizar enormes feitos, qual a sua tecnologia, como também a
sua idade.
Mas nem sempre as
explicações de algumas evidências dentro desses parâmetros são satisfatórias e
muitas delas caem em contradição com a idéia que formamos a respeito da
pré-história e história antiga, como também com o método matemático-científico.
Vamos analisar algumas
teorias dadas pela arqueologia tradicional, que, apesar de explicarem algumas
evidências, ainda continuam com várias indagações:
Como é de praxe,
começaremos pelo Egito.
1ª – A teoria que explica as construções das pirâmides, sem encontrar
contradições logísticas, é a geopolimerização, ou seja, os blocos foram
produzidos a partir de calcário dolomítico, que é facilmente agregado no local
usando-se compostos muito comuns na época, como areia salitre e cal. Os blocos
eram feitos com essa massa transportada em cestos e posta a secar em moldes de
madeira. Assim, o esforço humano seria muito menor e os assentamentos dos
blocos seriam perfeitos.Mas, nesse caso surge uma indagação: Se eles tinham o conhecimento da geopolimerização, por que se especializaram na extração e transporte de enormes blocos de pedra?
Como prova de que as pedras eram extraídas e não
“fabricadas”, temos os obeliscos de granito e mármore, que chegavam a pesar
mais de 300 toneladas. Foi encontrada uma pedreira abandonada em Assuã (Aswan),
com o famoso obelisco inacabado, que se tivesse sido concluído, pesaria em
torno de 1.170 toneladas.
2ª – A teoria que explica a maneira de cortar as
pedras de granito consiste no emprego de cunhas de madeiras, ferramentas de
cobre e outras pedras mais duras. Para polir, era utilizado o modo de fricção
com uma pedra mais dura, adicionando areia.
Essa teoria não leva em conta a dureza do
granito, como também o tremendo esforço desprendido, utilizando esse método,
para cortar e polir com perfeição, uma única pedra de aproximadamente 80
toneladas que se encontra no interior da pirâmide de Queops.
3ª – A teoria que explica a maneira de
transportar as pedras, diz que os egípcios utilizavam barcos para levá-las
através do Nilo e em terra, utilizavam uma espécie de trenó, no qual era
colocada a pedra em cima e para que fosse possível arrastá-lo, molhavam uma
espécie de barro. O que valia mesmo era o esforço coletivo.
A única pedreira onde eram retirados os blocos de
granito é a já citada de Assuã. Localiza-se a uma distância de aproximadamente
940 km de Gizé, do lado oposto e acima no Rio Nilo, aumentando o mistério de como
foram transportadas, pois além de terem que levantar pesos extremamente
grandes, teriam que colocar em uma embarcação que suportasse tal peso. Mas o
maior desafio seria colocar essa pedra a bordo, sem que a embarcação não
inclinasse a ponto de naufragar, já que supostamente eles não tinham
guindastes. Segundo os arqueólogos, uma pedra de 80 toneladas foi embarcada e
transportada de Assuã até Gizé por via fluvial.
80 toneladas é um peso equivalente a 80 carros
populares. Mas na mesma pedreira existe o obelisco inacabado que chegaria a
1.170 toneladas (14,6 vezes mais pesado, ou seja, equivalente a 1.170 carros
populares que seriam erguidos de uma só vez), que provavelmente seria
transportado por via térrea ou fluvial, mas em todo o caso teria que ser erguido.
4ª – Uma teoria que explica o empilhamento das
pedras, diz que foram construídas rampas de areia, com inclinação não muito
íngreme, para que as pedras fossem arrastadas até o local definitivo. Não
existe uma definição sobre a localização dessas rampas, se elas eram externas
ou internas.
Apesar de terem encontrado vestígios dessas
rampas em outras pirâmides menores, se tivessem que construir essas rampas na
pirâmide de Quéops, teriam quase que o mesmo trabalho para construí-las, quanto
para construir a pirâmide.
5ª – A teoria sobre o tempo que foi necessário
para a construção da grande pirâmide, estima que ela foi construída em 30 anos
(esse tempo varia de 20 a 50 anos), para que o regime dos Faraós funcionasse.
Há um consenso entre os arqueólogos, que a grande
pirâmide foi construída com uma quantidade aproximada de 2.300.000 blocos de
pedras, pesando em média 2.500 quilos cada e que 100.000 trabalhadores formavam
o quadro de operários, mas apenas 10.000 trabalhadores trabalhavam em tempo
integral, os outros 90.000, trabalhavam apenas nos quatros meses em que o rio
Nilo estava em época de cheia.
Independente da quantidade de trabalhadores
existentes, se calcularmos o tempo necessário para a colocação de cada bloco,
levando em conta que eles trabalhavam 365 dias por ano e 10 horas por dia, cada
bloco teria que ser colocado na pirâmide em menos de 3 minutos, ou seja, era
preciso uma produção em série para que cortassem, lapidassem, transportassem o
no final um bloco fosse assentado nessa média de tempo para que a pirâmide
ficasse pronta em trinta anos. Sem falar da espantosa precisão de ¹/4 de
polegada no alinhamento do cume com a base.
6ª – A teoria que explica a finalidade da
pirâmide de Quéops, diz que ela foi construída para servir de tumba para os Faraós.
Foi construída para durar para sempre, protegendo o cadáver, pois acreditavam
que enquanto o corpo do Faraó existisse, ele ainda viveria.
Na pirâmide de Quéops, não foi encontrada nenhuma
Múmia, nenhum tesouro e nenhum hieróglifo que confirmasse essa teoria. A única
marca existente em toda a pirâmide encontra-se na área de tensão estrutural,
acima da câmara do “Rei”. A pirâmide foi associada ao Faraó porque há uma marca
de um trabalhador que está identificada com Quéops. Há outra teoria que diz que
a grande pirâmide já existia a milênios antes dos Egípcios e que os Faraós
apenas copiaram, construído outras menores, que teriam sidas usadas como
tumbas.
As teorias que foram criadas para explicar essas
construções implicam em um esforço tremendo e necessita de um tempo enorme para
a sua realização, mas quando observa-se a quantidade e os locais em que elas
estão espalhadas ao redor do mundo, ver-se que esse método não é viável. Essas
obras eram de fácil realização para os construtores.
As construções megalíticas não são exclusividade
dos egípcios. Para que uma teoria explique a construção das pirâmides, ela terá
que ser abrangente a todos os monumentos espalhados pelo mundo em diversas
culturas, visto que todas elas valeram-se dos mesmos métodos de construção. Não
é possível elaborar teorias para as construções de maneira isoladas, impondo a
autoria dessas obras ao povo que ali habitavam se teoricamente não havia uma
comunicação global entre eles.
É preciso observar alguns detalhes como ângulos,
precisão de corte (e até marcas de erros no emprego da ferramenta), furos,
perfeição do polimento, tamanho e peso das pedras e principalmente a quantidade
e localização dos megalíticos, para que se possa aventar uma teoria que
englobem todos eles.
A arqueologia precisa mudar a maneira de analisar
os vestígios de civilizações. Não é possível encaixar alguns artefatos com a
idéia pré-concebida que temos sobre a tecnologia e crenças dos povos da
Pré-história e história antiga. Todo achado sempre está ligado a religião; como
vemos na teoria que levantaram sobre o sítio arqueológico de Gobekli Tepe.
Gobekli Tepe é uma prova de que é preciso refazer
o nosso conhecimento sobre a nossa história. Não é mais possível querer dar a
autoria de obras que requer um planejamento, um conhecimento científico e
alguma tecnologia, a um povo que supostamente não tinha nenhum conhecimento
científico, matemático e de escrita. Não tinham ferramentas apropriadas,
levando-os a um esforço sobre-humano para realizar obras que tinham apenas
valor religioso. Essas obras teriam que ser razoavelmente simples para eles e
deveriam ter uma finalidade para o progresso social.
Outro problema é a datação desses monumentos,
estão sempre ligando-os aos habitantes conhecidos dos locais onde são encontrados.
Nenhuma construção poderia ter sido construída anterior aos sumérios, sendo a
Suméria a primeira civilização, era impossível que houvesse construções
anteriores a ela, até descobrirem Gobekli Tepe, que supostamente tem o dobro da
idade.
Mais uma vez estão cometendo o mesmo erro, querem
impor aos caçadores a autoria da construção de Gobekli Tepe e como não foi
encontrado vestígios de habitação, chegaram à conclusão que era para
peregrinação com fins religiosa. A mesma coisa fizeram com os povos Aimaras,
nazca, incas, maias, astecas, tribos amazônicas e etc, do outro lado do
Atlântico.
E se essas construções não foram feitas pelos
povos conhecidos que ali habitavam?
Existe uma teoria, que não é aceita pela
comunidade científica, que diz que esses povos não construíram esses
monumentos, apenas os encontraram e fizeram uso deles. Esses monumentos teriam
sidos construídos por civilizações desconhecidas, que tinham uma comunicação
global entre elas e desapareceram a dezenas ou centenas de milhares de anos. (Tem
uma teoria que levanta a idade das pirâmides para 740.000 anos).
Essa teoria é especulativa (como a maioria das
teorias aceitas pela comunidade científica), mas merecia um pouco mais de
atenção, já que tem uma explicação plausível para que os métodos de construção
sejam tão parecidos, como também explicaria uma tecnologia desconhecida para os
cortes, polimentos furos, esculturas e transporte de pedras como granito,
mármores e diorito.
Além das construções, temos também as estátuas e
obeliscos, de tamanho e peso descomunal, feitos dos mais variados tipos de
pedras, o que nos mostra que o corte e manuseio de pedras não eram tão
complicados assim. Quando são analisados os Moais da Ilha de Páscoa e
observa-se uma estátua com 10 metros de altura, pesando aproximadamente 90
toneladas, transportada a distância de alguns km, ver-se que o emprego de
esforço coletivo não pode ser aplicado ali, já que a sua maior população, não
passou de 4.500 habitantes, incluindo mulheres, idosos e crianças. (Existe uma
inacabada com aproximadamente 20 metros, que deveria ter o dobro ou mais do
peso da maior estátua já concluída.)
A arqueologia só começará a avançar, quando os
arqueólogos encararem o que é óbvio. O método de corte, polimento, furos,
ranhuras, escultura e transporte de pedras, não pode ser explicado com a
tecnologia arcaica disponível ao povo da época.
Terá que levar em consideração os antigos
escritos deixados por essas civilizações, contando como aconteceram, mesmo que
esses escritos tenham um tom religioso. Terá que descobrir quem seria os
“deuses” que lhes ensinaram a arte de construir, escrever, plantar, medicar,
como também a astronomia. Só assim, talvez consiga responder as seguintes
perguntas:
- Como
fizeram cortes e furos tão precisos em pedras extremamente duras?
- Como conseguiram superfícies tão planas e lisas
em pedras extremamente duras, lembrando os trabalhos em mármores feitos hoje
somente com máquinas apropriadas?
- Como
obtiveram o conhecimento dos mesmos métodos de construção?
- Como foi
possível erguer blocos de pedras com até 1.000 toneladas?
- Quem eram os “deuses” que lhes ensinaram
tecnologia, astronomia, modelo social e etc, descritos em todas as
civilizações?
- Por que todo esse conhecimento se perdeu,
deixando pra trás obras inacabadas?
- O que
tem há ver Mohenjo Daro com as batalhas descritas nos livros dos Vedas?
- Será que as supostas pirâmides da Bósnia, do
Brasil, assim também como as construções submersas de Yonaguni e Cuba, são
formações artificiais?
Enquanto essas perguntas não forem respondidas de
maneira satisfatória, vamos ficar andando em círculos e não avançaremos nunca.
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